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    Participative management in workers' health: an experience in the vector control activity

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    Este artigo apresenta a experiência de implantação de um sistema de gestão em Saúde do Trabalhador implantado na Superintendencia de Controle de Endemias (SUCEN), no período de 1998 a 2002, que operava na atividade de controle químico de vetores no Estado de São Paulo. OBJETIVO: Descrever o sistema de gestão participativa, as ações desenvolvidas e os principais resultados alcançados. MÉTODO: Relato da experiência vivenciada pela equipe usando abordagem qualitativa, análise de documentos e apresentação de dados quantitativos. RESULTADOS: Foram eleitas 11 Comissões de Saúde e Trabalho (COMSAT's) que em conjunto com a equipe técnica iniciaram a identificação dos riscos e de propostas para prevenção e controle dos riscos no trabalho. O mapeamento de riscos resultou em 650 recomendações, 45,7% das quais foram executadas. Foram identificadas como doenças relacionadas ao trabalho: reações alérgicas aos pesticidas, lesões por esforços repetitivos, distúrbios auditivos e patologias de coluna vertebral. Participaram dos cursos básicos de saúde do trabalhador 1.003 servidores (76,3% do total de servidores), sendo que 90,8% dos participantes os consideraram ótimos ou bons. CONCLUSÕES: O sistema de gerenciamento participativo coloca em prática os princípios de gestão democrática do Sistema Único de Saúde (SUS); incorpora, por meio do mapeamento de riscos, o saber do trabalhador; inclui os trabalhadores como sujeitos do processo de negociação e mudanças; pratica o direito à informação. As COMSAT's revelaram-se espaços adequados para a negociação das melhorias nas condições de trabalho. A aprovação do sistema de gestão culminou na validação legal por meio de um acordo tripartite assinado em março de 2002.INTRODUCTION: The paper shows the implementation experience of a management system in occupational health that took place at SUCEN (Superintendence for Endemic Control), from 1998 to 2002, which worked on the activity of chemical control of vectors in the State of São Paulo. OBJECTIVE: To describe the participative management system, the actions that were taken and the main accomplished results. METHODS: Report on what was experienced by the team using qualitative approach, document analysis and report on quantitative data. RESULTS: Eleven COMSAT's (Workers Health Committees) were elected, which, together with the technical team, started to identify the occupational risks and proposals to prevent and control them. The investigation resulted in 650 suggestions, 45.7% of which were carried out. Work-related diseases were identified as allergic reactions to pesticides, muscular pain linked to repetitive movements, hearing disorders and back pain caused by excessive weight carrying. A total of 1003 workers participated in the basic courses on workers health, 90.8% of whom classified them as good or excellent. CONCLUSIONS: The participative management system puts into practice the democratic management principles of SUS (Brazil's National Health System); by means of risk mapping, it incorporates workers' experiences; it regards workers as agents in the change and negotiation process; it puts into practice the right to information. The COMSAT's proved to be adequate places for negotiating improvements in working conditions. The approval of the Management System ended up in legal validation through a three-party agreement signed in March 2002

    The authors' reply

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    Superintendência Regional do TrabalhoUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Escola Paulista de Medicina Departamento de Medicina PreventivaFundacentro Centro Estadual do Rio de JaneiroUniversidade de São Paulo Faculdade de Saúde PúblicaUNIFESP, EPM, Depto. de Medicina PreventivaSciEL

    Result from the partnership between RBSO and Abrasco's worker's health technical comitee

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    Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Escola Paulista de Medicina Departamento de Medicina PreventivaFundacentro Centro Estadual do Rio de JaneiroSuperintendência Regional do Trabalho de São PauloUniversidade de São Paulo Faculdade de Saúde PúblicaUNIFESP, EPM, Depto. de Medicina PreventivaSciEL

    Food consumption and working conditions in manual sugarcane harvesting in São Paulo state

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    ObjectiveTo describe the working conditions and aspects related with food consumption amongst manual workers in sugar-cane crops intending to contribute to developing public policies towards workers’ health surveillance and delivering comprehensive services. MethodDirect observation at the work field in upstate São Paulo and a semi-structured questionnaire were conducted with a group of forty sugar-cane migrant workers who came from Ceará state to work as hand harvesters in São Paulo state, over 15 days during the 2007/2008 crop season. Socio-demographic data, water consumption, food consumption and cultural habits, hydro-electrolyte reposition, work pauses, body pains and duration of working days were registered. ResultWorkers ingested 5 to 10 liters of water/day and the dilution of electrolytes replacement was below the adequate recommendations. Food consumptions during the crop season did not ensure food and nutritional security. Food consumption was monotonous, conserved and consumed at inadequate temperature, and incompatible with cultural habits, implying reduction and wastage of food. Workers reported pains and cramps during the work day. Pauses for resting were insufficient. Payment by results, the working process and payment practices were taken as determinants of a wide range of precarious conditions to which these workers were subjected. The hand harvesting of sugar-cane is extenuating and the payment by results may be a grievance for health as it implies reducing the work resting pauses. Food consumption and adequate hydration could minimize the working wear and pains during the job.ObjetivoDescrever as condições de trabalho e aspectos relacionados à alimentação do trabalhador no corte manual de cana para contribuir para desenvolver políticas públicas de vigilância e atenção integral em Saúde do Trabalhador. MétodoForam utilizados a observação direta do trabalho no campo em colheita no estado de São Paulo e aplicado questionário semi-estruturado a um grupo de 40 cortadores manuais de cana migrantes procedentes do estado do Ceará, durante 15 dias da safra 2007/2008. Aspectos sócio-demográficos, consumo de água, reposição eletrolítica, alimentação e aspectos culturais, pausas, dores e a jornada de trabalho foram registrados. ResultadoOs trabalhadores ingerem de 5 a 10 litros de água/dia e a diluição dos repositores eletrolíticos foi inferior à adequada. A alimentação durante a safra não garantia a segurança alimentar e nutricional. A alimentação foi monótona, conservada e consumida em temperatura inadequada, e incompatível com os hábitos culturais, gerando desperdício e redução do consumo alimentar. Os trabalhadores relataram dores e câimbras no decorrer da jornada. As pausas para descanso foram insuficientes. O pagamento pela quantidade de produção, o processo de trabalho e as práticas de pagamento foram considerados determinantes da situação de precariedade ampla a que estes trabalhadores estavam submetidos. O trabalho no corte manual de cana é extenuante e o pagamento por produção pode ser um agravante para a saúde, pois implica na redução das pausas para descanso. A alimentação e hidratação corretas poderiam minimizar o desgaste e as dores durante o trabalho.Universidade Federal de AlfenasUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Universidade de São Paulo Faculdade de Saúde PúblicaUniversidade Estadual de Campinas Faculdade de Ciências MédicasUNIFESPSciEL

    The insecurity of Vale’s dams in Minas Gerais, Brazil: applying activity theory to disaster analysis

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    The objective of this article is to point out hypotheses of contradictions historically incubated in Vale’s activity systems and that may have led to Brazil’s biggest environmental disaster, the B I dam break in Brumadinho, and the interdiction of many other dams owned by Vale in the state of Minas Gerais, Brazil. This is a case analysis from secondary data available in interviews, documents, and texts published in different media between 2011 and 2021. We try to demonstrate, from the Historical-Cultural Theory of Activity, the contradictions verified in and between Vale’s activity systems, since the company distributed large dividends to its shareholders, remunerated its directors as never before, reduced costs in relation to incomes, and brutally reduced internal debt, but keeping insufficient investments in dam management, culminating with the break of B I in 2019 and with 29 dams interdicted in March 2021. Financialization has become central to the company’s operations. This study points to a methodological path of the interdisciplinary dialogue to help clarify how strategic managerial decisions, especially those of financial management, could influence the production, maintenance, and safety management of tailings dams.O objetivo deste artigo é apontar hipóteses de contradições que estariam incubadas historicamente nos sistemas de atividades da Vale, e que podem ter levado ao maior desastre ambiental do Brasil: o rompimento da barragem B I em Brumadinho, bem como à interdição de muitas outras barragens da empresa no estado de Minas Gerais, Brasil. Trata-se de uma análise de caso a partir de dados secundários disponíveis em entrevistas, documentos e textos publicados em diferentes mídias entre 2011 e 2021. Procuramos demonstrar, a partir da Teoria Histórico-Cultural da Atividade, as contradições verificadas em e entre sistemas de atividades da Vale, pois a empresa distribuiu dividendos vultosos aos seus acionistas, remunerou como nunca seus diretores, reduziu os custos em relação às receitas e diminuiu brutalmente a dívida interna, mas manteve investimentos insuficientes na gestão das barragens, culminando no rompimento da B I em 2019 e em 29 barragens interditadas em março de 2021. A financeirização tornou-se central para as operações da empresa. Este estudo aponta para um caminho metodológico do diálogo interdisciplinar que ajuda a esclarecer como as decisões gerenciais estratégicas, especialmente aquelas da gestão financeira, poderiam influenciar a gestão de produção, de manutenção e de segurança das barragens de rejeitos
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